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Perdemos a capacidade de dialogar?

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O que está acontecendo no mundo é, em grande parte, reflexo de uma educação precária, mimada e sem limites. Até o dia 10 de setembro, eu nunca havia ouvido falar de Charlie Kirk. Quando soube que ele havia sido baleado, fui atrás de informações para entender quem ele era. Confesso que não me aprofundei, pois a imagem de alguém sendo baleado em uma universidade americana me abalou profundamente. Nesta mesma semana, uma ucraniana foi esfaqueada no metrô dos EUA. No dia seguinte ao atentado contra Kirk, acordei com um aperto no coração e procurei saber se haviam identificado o assassino. Nesse momento, recebi um vídeo de uma amiga que mostrava jovens comemorando a notícia de que Charlie havia sido assassinado. Meu estômago embrulhou. Jovens que defendem a liberdade de expressão celebravam a morte de alguém que, assim como eles, tinha o direito de se posicionar. Isso é democracia para esses jovens? Democracia exige respeitar ideias diferentes das nossas, independentemente de você gostar ou...

Sonhos ou Desgraça?

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  Se o seu sonho não inclui as suas responsabilidades e a execução delas, ele não é sonho — é desgraça. A imaturidade das pessoas respinga na vida de quem está por perto. Eu adoro ‘seguir’ — termo que até acho estranho, mas é assim que fala nas redes sociais — pessoas inteligentes, que escrevem artigos, compartilham ideias e investem em si mesmas para contribuir com um mundo melhor. Foi através da minha sobrinha querida que conheci o trabalho de Samer Agi , que tem feito algo lindo: ajudar o mundo a ser mais inteligente e, consequentemente, mais justo. Ele nos provoca a pensar, e foi justamente em um de seus carrosséis no Instagram que me deparei com um texto que me sacudiu. Samer escreveu sobre uma situação: “Seu amigo quer largar o trabalho para tirar um ano sabático e gastar a reserva que fez. Ele se vê em Lisboa, Praga, Nice. Quer viver a Europa. O problema é a realidade. O amigo tem 40 anos, um filho de 12 (que mora com a ex) e pais doentes (que moram sozinhos). Mas ele disse ...

Volta às aulas. Saiba o seu lugar.

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Depois de um mês de pausa, a vida escolar recomeça. Mas será que algo muda? Pelo menos, deveria. A vida escolar não é desafiadora apenas para os alunos, mas também para os pais. Assim como cada estudante precisa se adaptar às suas necessidades e responsabilidades, com os pais não é diferente. Porém, num mundo tão invertido e bagunçado em seus valores — onde ninguém parece saber mais o seu lugar —, a escola não sairia ilesa. Primeiro, é preciso deixar algo claro: seu filho não é o porta-voz oficial da escola. Isso significa que você não deve levar ao pé da letra tudo o que ele diz. Dê o desconto da idade, da imaturidade — é claro que há casos e casos, especialmente quando falamos de abusos, que precisam ser levados muito a sério. Mas aqui me refiro às frases clássicas: “o professor não deu a matéria”, “o professor não ensina nada”, e por aí vai. Todos sabemos que estudar só um dia antes da prova não dá certo. Às vezes até funciona, mas a escola não é apenas sobre tirar nota: é um campo...

Você é um bom exemplo para você?

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Deixe o orgulho, a prepotência e o ego de lado. Responda com sinceridade: você gostaria de conviver com você? Pensar sobre nós como se fôssemos outra pessoa pode parecer estranho, mas é necessário — de tempos em tempos, ou quem sabe, diariamente. Julgamos os outros, apontamos defeitos, mas raramente paramos para refletir se somos alguém com quem gostaríamos de conviver. Sempre ficamos do nosso próprio lado em brigas e discussões, prontos para justificar nossas atitudes. Mas... Será que somos pessoas inspiradoras? Será que somos um bom exemplo? Ou, como se fala hoje, uma boa influência para nós mesmos? Você é alguém que indicaria para os outros? Para sua família, para os amigos... ou até para você mesmo? Em todas as áreas da sua vida — saúde, profissão, relacionamentos, espiritualidade — você se inspira ou se decepciona? Quando fazemos essas perguntas com sinceridade, muitas vezes nos assustamos com as respostas. Percebemos o quanto nos deixamos de lado. Falamos sobre saúde, mas cuidamo...

Eu não sei como a gente vai se entender

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Fala-se muito sobre empatia, mas, quando o bicho pega, o que vale é só o meu ponto de vista. É interessante observar como cada um de nós se comporta em situações de estresse, ameaça, confronto ou até mesmo em momentos de diversão. Mas o que tem se tornado cada vez mais evidente é a cegueira que acomete as pessoas quando tomam um lado da história. Escolhem um partido, uma bandeira, e se recusam a enxergar qualquer erro ali — como se reconhecer falhas significasse traição. Claro que todos temos valores e convicções, mas isso não deveria nos impedir de vê-los com senso crítico. Pelo contrário, é justamente ao reconhecer os defeitos do que acreditamos que conseguimos melhorar. Mas não é sobre isso que estou falando. Falo da infantilidade, da birra emocional, da idolatria ideológica que toma conta do mundo. Vemos adultos agindo como crianças. Na política, por exemplo, gente que defende absurdos só porque tem pavor do ‘outro lado’. Gente da extrema-esquerda e da extrema-direita se comportand...

O jornalismo raso que forma militantes desinformados

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            A 'autoridade' com que algumas pessoas falam sobre certos temas, mesmo com pouco ou nenhum conhecimento, causa estragos profundos no mundo atual.           Vivemos em tempos de protestos vazios, discursos políticos mentirosos, ativismo de sofá, pessoas defendendo causas e grupos que, na prática, as perseguiriam — e, no centro de tudo isso, um jornalismo que deixou de estudar e investigar para simplesmente repetir narrativas. A régua da educação tem sido drasticamente rebaixada, e isso ajuda a explicar a escassez de verdadeiras autoridades nos assuntos mais relevantes.           Hoje vemos jornalistas que escrevem sobre temas complexos sem o mínimo aprofundamento, movidos por viés político e com um compromisso frágil — ou inexistente — com a verdade. Quando isso acontece, a cegueira ideológica se instala e a tragédia se torna inevitável.           Polít...

Qual é o meu limite?

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  Em um mundo tão conturbado, cheio de coisas para fazer, qual seria o limite de pararmos? É curioso observar como a vida — ou a correria dela — nos desafia o tempo todo, quase como um teste para sabermos até onde conseguimos ir. Olha ao redor: a quantidade de burnout, crises de ansiedade, depressão e tantas outras doenças mentais só cresce. Tudo isso nos escancara o quanto permitimos que certas coisas nos engolissem. A cada fase, surgem novas responsabilidades, mas raramente paramos para organizar as prioridades do que realmente importa. E assim, acabamos exaustos. O pior é que, nesse processo, deixamos a prioridade sobre nós mesmos por último. E aí a vida cobra. Ela nos para — pelo cansaço, pelo esgotamento ou porque decidimos engolir tudo calado. Mas você não é lixo para aceitar isso. Uma hora, explode. Mas por que precisamos chegar nesse ponto? Por que abusamos tanto de nós mesmos? A verdade é que somos tão importantes quanto qualquer outro ou qualquer situação que, por descui...