O jornalismo raso que forma militantes desinformados


 

        A 'autoridade' com que algumas pessoas falam sobre certos temas, mesmo com pouco ou nenhum conhecimento, causa estragos profundos no mundo atual.

        Vivemos em tempos de protestos vazios, discursos políticos mentirosos, ativismo de sofá, pessoas defendendo causas e grupos que, na prática, as perseguiriam — e, no centro de tudo isso, um jornalismo que deixou de estudar e investigar para simplesmente repetir narrativas. A régua da educação tem sido drasticamente rebaixada, e isso ajuda a explicar a escassez de verdadeiras autoridades nos assuntos mais relevantes.

        Hoje vemos jornalistas que escrevem sobre temas complexos sem o mínimo aprofundamento, movidos por viés político e com um compromisso frágil — ou inexistente — com a verdade. Quando isso acontece, a cegueira ideológica se instala e a tragédia se torna inevitável.

        Políticos que dizem defender minorias, mas atacam aquelas com as quais não se identificam. Pessoas LGBTQIA+ apoiando grupos terroristas que os assassinariam sem hesitar. Gente pedindo boicote a Israel, enquanto se beneficia diariamente das tecnologias e avanços produzidos por esse mesmo país. Isso é o que o pouco conhecimento — ou a desinformação ativa — faz. Ignoram a história, os fatos, os contextos.

        Vemos um jornalismo preguiçoso, que não estuda, e um público que não checa nada — apenas segue a onda. As 'autoridades' da informação nunca foram tão ignorantes, e isso abre espaço para ativistas inconsequentes que, em vez de promover reflexão, disseminam ódio. Hoje em dia, o medo não vem só do criminoso na esquina, mas também de quem discorda de você e se sente no direito de agredir por causa disso.

        Quando um presidente afirma que o antissemitismo é 'vitimismo', ele legitima agressores. Com isso, crianças judias passam a ter medo de andar nas ruas simplesmente por serem quem são. A irresponsabilidade das autoridades dá força a uma multidão disposta a atacar, movida por ódio e ignorância.

        O jornalismo irresponsável tornou-se uma praga que inflama, distorce, divide e destrói. Cegos por ideologias, jornalistas de todos os espectros políticos vêm criando narrativas que, em vez de informar, desinformam — e pior, incentivam violência. O mundo está adoecido: nos valores, nos princípios e nas atitudes.

        A internet democratizou a informação, mas não nos isenta da responsabilidade de checar os fatos. Portanto, antes de compartilhar qualquer conteúdo, estude. Não defenda causas que você mal compreende. Não tome partido daquilo que, se aprofundado, revelaria sua crueldade. E, sobretudo, não se torne refém de ideologias que matam mais do que acolhem.

        Lembre-se: aquilo que plantamos floresce primeiro dentro da nossa casa. Você não sabe de quem precisará um dia. Talvez o aparelho que salve alguém da sua família venha justamente do país que você, sem entender, pediu boicote. Seja responsável. Com os seus atos. Com o seu próximo. Com a verdade.


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