Ao entrar na casa de alguém tenha respeito moral.

 

Nem todo mundo deve fazer parte do seu lar.

Lembro da frase: “Casa dos outros, respeito em dobro”. Talvez seja porque não é só o cuidado ‘físico’, com as coisas, que devemos ter. Tenha respeito com a história daqueles que ali moram. Temos que saber como nos portar, de forma que a expansão do meu ‘eu’, não incomode ninguém. “Ah, mas eu tenho que ser eu mesmo”, a pessoa pode dizer... Claro, ninguém consegue ser uma mentira durante muito tempo. Mas do mesmo jeito que usamos roupas adequadas para ir a cada local, temos que saber nos comportar (segurar nossa boca, modos) na casa dos outros. Saber quem são as pessoas daquele lar, do que eles gostam, mostrar respeito quando entramos no ‘seu recanto’. Nossa casa não é extensão da casa dos outros. Construímos nossas histórias - no nosso núcleo familiar, com limites - sendo diferentes para cada família, hábitos, valores. Só podemos dar liberdade para quem mostra sabedoria com a liberdade que ganhou. 

Li, uma história que toda vez que um rabino ia entrar na sua casa, ele penteava os cabelos. Um aluno ao ver essa cena, perguntou curioso por que o rabino estava fazendo aquilo. E, ele respondeu: “Porque ao chegar em casa, a Presença de D’us estará lá”. O mestre ensinou ao seu aluno que ao construir um lar com paz, respeito a esposa, família, a Presença de D’us estaria ali, por isso que ele se arrumava e tinha respeito ao entrar naquele recinto, mesmo sendo ‘o seu’. Construa um lar, onde a presença do Criador possa repousar. Ensine aos seus filhos como devem entrar na sua casa e na dos outros. Tenha respeito com cada história. Chegue com boa energia, compartilhando o melhor de si, e não leve para qualquer lar aquilo que não é compatível com aqueles que ali habitam.