Só enxergamos aquilo que queremos.




        Só conseguimos escutar e entender o outro se estivermos dispostos e nos abrirmos para isso, caso contrário é como falar com as paredes.


O indivíduo é próximo de si, diz o Talmud. Ao estudar a profundidade dessa frase vi o quanto ela é atual. Nosso ponto de vista, muitas vezes, não nos deixa ver o do outro. Para entender o outro preciso colocar-me de lado, desnudar-me e isso não significa perda, mas um ganho que sozinho jamais seria capaz de conquistar. Mas por que as pessoas não estão dispostas a isso? Porque, muitas vezes, a proximidade consigo mesma, com suas ideias e crenças a cegaram de tal forma que não permitem ver o outro. E, com isso, o nosso mundinho particular vai ficando cada vez mais pobre, equivocado e desprovido do novo. Despir de si mesmo, exige uma coragem que nem todos estão dispostos. Muitos têm medo de encontrar e seguir um caminho nem sempre populoso ou que o mundo não ‘aplauda’.


Só é possível encontrar a verdade quando nos desnudamos, caso contrário, o filtro da mentira sempre será o reflexo de um mundo solitário de nós mesmos e de uma certeza onde o outro não é convidado a entrar.



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