Banque quem você é.


Não, isso não é fácil. Principalmente se escolher um caminho que não seja populoso.


É lindo quando vemos alguém sendo original, único, mas vivemos tempos em que o cancelamento, a patrulha, os memes marcam a vida de uma pessoa de forma destruidora, e ser quem somos requer coragem e muito trabalho. Sempre digo que seguir a maioria é muito fácil, só temos que ‘jogar o cérebro no lixo’ e seguir, sem pensar. Simples assim. Porém quando fazemos isso, vamos nos desconfigurando, de nós. Claro, que posso concordar com a maioria, em alguma questão, faz parte quando nos identificamos com algo, mas e se a sua opinião não for aquilo que agrada essa galera (a da maioria)? Você teria a coragem de falar a sua opinião? Há situações que é prudente se calar porque, talvez, aquele que está ‘seguindo a boiada’ nem alcance o que você está querendo dizer. O que estou expondo é que quando bancamos quem somos não precisamos falar, mas ser. Se posicionar, de forma sempre respeitosa, e fazer e seguir aquilo que acredito. Isso não quer dizer andar em nuvens e viver de forma fantasiosa, muito pelo contrário.


Se você está em uma família em que o conceito de viver ‘plenamente’ é ter que casar e você não quer esse caminho, talvez, porque não acredita. Você terá a coragem de construir a sua plenitude, do seu jeito, sem precisar ter que casar com quem não quer? Bancar quem somos exige um desafio de se enxergar, quebrar padrões, assumir e, se necessário, aguentar a estranheza inicial até que tudo fique ‘comum’, e geralmente, no futuro vire modelo de coragem por ‘aqueles’ que não assumiram e bancaram seu próprio caminho. Porque é isso que acontece com os pioneiros. Primeiro, sofrem com as críticas e depois são aclamados pela coragem. O que não nos damos conta é que todas as pessoas, sem exceções, precisam desse pioneirismo em sua própria vida e, portanto, a ousadia de vivenciar todo esse processo. Mas a maioria não embarca nessa e segue, na verdade escolhe, afinal, todos nós temos essas escolhas em nossas mãos, uma vida preto e branco, sem a graça do colorido. 


Quando escolhemos assumir quem somos nos despimos de uma roupa, metaforicamente falando, inicialmente confortável e vestimos aquilo que queremos, talvez, roupas ousadas, mas que combinam tanto conosco… Não nos ‘violentamos’ mais pelo outro, ou seja, não permitimos que o outro nos force a atitudes que nos machucam, ainda que seja o que ele acredita, mas eu não, com respeito me coloco em cada situação do jeito que acredito e do que posso oferecer. Abro mão de egos que me ‘empacam’, mudo de opiniões - se for para meu crescimento, mas não negocio meus valores, ainda que isso gere rupturas de histórias e, talvez, caminhos. Bancar quem somos nos faz encontrar e viver em paz com quem somos, o que não agradará a todos, e como disse o rei Salomão, o homem mais inteligente que o mundo teve: “Adquira verdade, e não a venda - também sabedoria, disciplina, moral, e entendimento.” Provérbios 23:23. Quando nos conhecemos, e entendemos que temos uma finalidade aqui, encontramos a nossa verdade e não conseguimos nos vender para a moda da vez, o achismo, e o que for… Porque nosso mundo ganha uma amplitude/sentido em que a sabedoria nos guia, a disciplina abre caminhos, a moral nos molda e o entendimento faz acontecer. Banque sua originalidade.


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