Às vezes, para manter a ‘ordem’, o inferno será tão grande, que o confronto não compensa.
A narrativa do ‘é do meu jeito’, muitas vezes, priva nossos filhos de aprenderem a preservar a paz, dentro e fora de casa. Afinal, a briga do orgulho com a imaturidade reina em muitos lares.
Crescemos com uma ideia infantil do que é uma família, e de como construir um lar. Imaginamos uma casa de revista, onde tudo está no seu devido lugar, inclusive decoramos com essa mentalidade, mas a vida não é uma imagem parada, e sim ações que ‘desorganizam’ a idealização da perfeição errônea que carregamos. E, onde há vida há movimento. Aliás, D’us nos dá exemplos claros, na natureza, de como será a nossa caminhada por aqui. Olhe as estações do ano… Tem a época de preparar o solo, plantar, regar, e todas 'bagunças' que essas ações trazem, e só lá na frente vamos colher. Em casa, e na vida é igual e a ‘desordem’ faz parte.
Estamos ‘criando’ pessoas que não abrem mão de nada. E para haver paz, harmonia e construção precisamos abrir mão de muitas coisas. E, o que surge dessa ‘criação’ são pessoas egoístas que só pensam no próprio umbigo e que são incapazes de compartilhar a vida, sair do seu ‘conforto miserável’, e viver em sociedade… Pessoas cheias de direitos, ‘certezas’ com parâmetros na preguiça, já que tudo é baseado na superficialidade do instagram, ou seja, sem nenhum aprofundamento, e que não estão a fim de ter nenhum dever ou responsabilidade.
Para formar um lar, os valores saudáveis são fundamentais, para nos orientar naquilo que realmente importa. Só devemos entrar em algum ‘confronto’, quando for necessário, para edificar aquilo que acreditamos onde todos serão beneficiados, e não apenas um para ter ‘razão’. Para isso acontecer, a ‘criação’ tem que ser substituída pela ‘educação’ porque como diz minha mãe: “Criar, criamos bichos, educar é para as pessoas". Quer dizer que educar exige um investimento de atenção, cuidado, tempo, respeito, disciplina, regras e valores em que percebo e reconheço o outro e nossas diferenças, ainda que sejam difíceis de entender e lidar, nos fazem transcender individualmente nesses confrontos, então, crescemos e enriquecemos o mundo nessa fusão que o relacionamento nos traz.
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