Temos uma noção totalmente errada do que é o amor.

Achamos que amar habita na mansidão, ao acatar com ‘olhos fechados’, o que o outro faz. Isso, na maioria das vezes, é desistir de amar.

Amor é ver o potencial do outro e, quando necessário, apontar a falha daquilo que o bloqueia. É orientar onde está o erro para que o outro acerte o passo. É trabalhar, incansavelmente, para que as qualidades daquele que não está enxergando ganhe forças e transforme-se em algo visível e produtivo. É, também, abrir espaço para o diferente do próximo e respeitar. Esse investimento demanda tempo e, na maioria das vezes, tomar decisões às quais não gostamos, como cercar-se de pessoas que irão falar o que está errado. Isto é chato e desconfortável. ‘Likes’, nas redes sociais, não mudam ninguém, só alimentam egos que, muitas vezes, vão na direção contrária ao nosso crescimento.  

Precisamos, urgentemente, mudar essa mentalidade em que quando alguém me orienta, me sinto depreciado. Óbvio, devo escutar a quem sei que tem apreço por mim, e por outro lado, devo orientar aquele que amo com respeito e não como o ‘dono da verdade’. Claro, gostamos de estar no conforto das ‘nossas verdades’, mas nunca cresceremos no comodismo, e quem disse que aquilo ‘que achamos’ são, na realidade, as ‘verdades’? Geralmente nossas verdades, as verdadeiras, serão descobertas e reveladas ao longo do nosso caminho e esforço. Então, esteja aberto para escutar as orientações que o Criador mandará através de pessoas.

Como diz em Provérbios 12:15: “O tolo pensa que sempre está certo, mas os sábios aceitam conselhos”. A decisão de ser tolo ou sábio sempre estará nas nossas mãos.