O ambiente na educação mudou e o campo de atuação também.


Algumas pessoas falam: “Na sua idade, eu já fazia isso ou aquilo”, porém cada época demanda uma mudança e devemos lembrar que o cenário é completamente diferente.

Não podemos ‘justificar’ de forma imprudente, isentando a nossa responsabilidade, sobre essa juventude tardia. Como pais, educadores, familiares e toda a cadeia de apoio que a educação exige devemos entender como atuar nesse campo que nos restou. Nem adianta comparar, como nunca adiantou, essa geração com a outra. Assim como um filho é diferente do outro e demanda direcionamentos exclusivos, devido às suas necessidades, hoje temos que educar de formas diferentes. 


Devido à violência e a monstruosidade que o ser humano é capaz, não dá para ‘soltar’ o filho, e como consequência desse ‘proteger excessivo’ acabamos não aproveitando as oportunidades que poderíamos explorar. Em casa, por exemplo, o filho deve ter suas obrigações, sim! A arrumação ficará como a de uma profissional, que algumas mães querem ver, após um dia de trabalho? Claro que não. Assim como em cada estação do ano, em cada fase de um filho temos a oportunidade para explorar ‘terras’ que estão prontas para receber novas sementes. E, devemos lembrar que o chão ficará ‘sujo e feio’ até a beleza da colheita aparecer. Não dá para esperar perfeição no processo de aprendizado. Aqui precisamos fechar os olhos, ter paciência e entender que não devemos explicações para a família, redes sociais e fofoqueiros de plantão. Tudo de bom ou ruim que acontece, não deve ser palco para expor a nossa ‘carência pessoal e parental’. Respeite e preserve a história da criança/jovem. Devemos reconhecer, aproveitar as situações diárias, mas, muitas vezes, pelo nosso cansaço, conforto e para não ter ‘estresse’ acabamos fazendo tudo. Então, ficamos sobrecarregados, com crianças/jovens despreparados, fora aqueles que não querem sair de casa e os papéis invertem.


Hoje, nosso campo de atuação é ‘dentro de casa’, com obrigações, conversas, atitudes reais e devemos parar de poupá-los de tudo. ‘Várias opções’ confundem mais do que ajuda, dizer “vou dar aos meus filhos tudo que não tive" pode fazer um carinho no seu ego, mas vai estragar seu 'príncipe e princesa' já que eles não precisarão fazer esforços para conquistar o que querem. Prepará-los para vida, exige de nós uma restrição constante e uma elegância, em relação às nossas emoções, ao nos colocarmos como orientadores, ou seja, ‘damos a vara e eles pescam’. Não estamos aqui para, através de filhos, curar feridas de carência. Há pais que têm filhos para ‘tentar fazer diferente’, como se fosse um recomeço da sua própria vida. Isso é cruel!


Cada um tem a sua vida, e assim como devemos respeitar o espaço do outro, quando nos tornamos  pais, educadores devemos orientá-los no melhor caminho - para eles. Como está escrito em provérbios 22:6: “Eduque uma criança de acordo com o SEU caminho, mesmo quando ela crescer não se afastará dele”. Respeite e mostre o caminho para a criança que você se comprometeu em prepará-la para o mundo.


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