Não é porque você quer e pode fazer algo, que você deve fazer.
Vivemos uma época de valores imorais justificando que temos o direito e/ou dinheiro para fazer algo.
Muitas vezes, nos damos o ‘direito’ de fazer as maiores loucuras, como desculpas daquilo que não assumimos consertar em nós. Sim, somos seres em evolução. O autoconhecimento deve andar de mãos dadas com a auto observação. Sempre é muito mais fácil esconder-se em frases como: “Eu posso”, “Eu tenho o direito”, “Eu tenho dinheiro”. Todas essas frases são verdadeiras e fazem sentido, em contextos e histórias diferentes. Porém, às vezes, não podemos nos dar o direito mesmo tendo dinheiro, e muito menos quando não o temos. É como uma alimentação saudável, devemos ter uma rotina de hábitos sadios para, de vez em quando, poder fazer concessões e não ao contrário. Mas a maioria vive com descuidos em tudo. Doenças surgem, falta de energia, relacionamento desfeitos, crianças perdidas, mal humor como resultado desse estilo de vida sem regras, ‘cheios de direitos’. Justificamos falando que estamos nervosos, que temos o ‘direito a um docinho’ - todos os dias e mais desculpas esfarrapadas. Como tudo tem seu preço, uma hora a conta chega com sequelas, às vezes, permanentes. O grande problema é que passamos isso adiante. Alegamos que “queremos ser felizes” dando os piores exemplos para os descendentes e abrindo espaço para essa liberdade bizarra se perpetuar.
Que possamos usar nossos desejos, direitos e deveres com sabedoria, sendo exemplos sadios para as próximas gerações. Que o limite seja nosso melhor amigo sem choros, mas com inteligência para nossa edificação. Que D’us nos livre dessa cegueira espiritual, de valores deturpados e companhias que não nos agregam em nada.
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