A vitimização da dor.



          A dor faz parte de todo processo que você se propõe a fazer.

Vai começar a ginástica? Dói. Vai iniciar um estudo novo? Dói. Dieta? Dói. Vai se organizar para um novo projeto? Dói. E, assim por diante.


Essa dor, às vezes, é física, mas estou falando aqui da dor na alma, que exige o esforço de sair da zona de conforto rumo ao desconhecido. Essa é a ‘dor da restrição’, do conter se e que nos faz crescer.  Despedir de onde estamos, desnudar para receber a roupa nova e ir ao lugar novo. Um movimento que exige um empenho, a caminho do que quero, almejo e necessito. Todos querem a mudança, mas poucos estão dispostos a pagar o preço. Porém, os que topam a parada, aceitam a dor como um processo de crescimento, entendem que não doerá para sempre, não se concentram no que estão sentindo, olham além do aqui e agora. Mas os que param diante desse incômodo temporário, começam a se vitimizar e como um lodo estagnam e não conseguem continuar. Claro, que esse exercício é mental, todos os dias temos que realizar onde estamos nesse processo de ‘mal estar’ temporário, e nos educar mentamente, fisicamente e espiritualmente - entender que isso não é o inimigo, e sim parte da nossa evolução. Vale ressaltar que NÃO estou falando de vítimas de violência doméstica, moral, sexual ou qualquer outra - essas existem SIM e devem ser tratadas com todo respeito, carinho, justiça que a situação exige! Digo aqui sobre a vitimização, de nós mesmos, ‘coitadice’ que muitas vezes cultivamos em relação a nossa vida frente aos obstáculos que temos potencial para atravessar sozinhos.


O propósito de estarmos aqui é uma evolução diária, pessoal e coletiva. Temos que contribuir para o mundo de alguma forma. Como diz meu pai: “Conhecimento só é poder, quando passa da área do pensar para área do agir". De nada vale o conhecimento, se não for posto para ajudar a nós e ao próximo. Então, mãos à obra. Saia da zona de conforto e jogue sua vitimização no lixo, o processo de ‘amar ao próximo como a ti mesmo’, começa com o amor, respeito, desenvolvimento de nós mesmos.


Comentários

  1. Muitaaa verdade querida prima Nurya...obrigada por nos nos fazer relembrar certas coisas esquecidas...Bora sair da zona de conforto....kkk...Beijos..

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