Repetimos padrões aos quais nem enxergamos.



A vida exige de nós uma manutenção constante.


 Criamos uma rotina e, na maioria das vezes, não inserimos nela o que deveria ser as nossas prioridades. Preenchemos-a com besteiras como ficar ‘vendo’ redes sociais, pepinos que surgem, recompensas imediatas, e por descuido nem damos a devida atenção para aquilo que, de fato, é necessário para o cuidado, manutenção do essencial para a vida existir e evoluir como, por exemplo, a espiritualidade, o eu, o relacionamento, os filhos, a saúde, o trabalho e assim por diante. Passamos a vida cuidando do supérfluo, dando importância, e horas do nosso dia, para aquilo que só irá nos cansar e não nos edificar. Com isso, vamos repetindo padrões, erros que nos ‘empacam’ e ficamos no mesmo lugar. Para o nosso bem, o confortável vai ficando desconfortável, como um despertar, um cutucão para que as vendas caiam dos nossos olhos. Problemas surgem e se repetem, o que era normal se torna insustentável para enxergamos que aquele caminho não nos pertence. O chacoalhão começa a doer cada vez mais. 


Mas por que precisamos chegar a esse ponto? Muitos casamentos acabam com isso, famílias viram ‘desconhecidas' dentro de casa pela falta de cuidado e cultivo, talentos desperdiçados. Penso que a maioria das pessoas vive uma vida egoísta e preguiçosa ao qual ‘querem tudo e deve ser fácil também’, sem nenhum esforço, no estilo “deixa a vida me levar”. Não respeitam e entendem que a história particular, de cada um, deve estar no seu devido ‘quadrado’, ou seja, eu não tenho o direito de passar meus traumas, vitimismo, achismos ‘sem nenhuma reciclagem’ para meus filhos, casamento, vida. Aqui entra um esforço de respeito e gratidão em reconhecimento à vida. Da minha bagagem posso ceder as ferramentas, as quais trago comigo, para ajudá-los e não para travá-los. E, assim também no casamento, não é porque em uma família, todas as mulheres são mal casadas que seus descendentes devem carregar essa história também. Claro, que a maioria que seguem esses padrões nem se dão conta disso. Aliás, todos temos nossos padrões e, exatamente por isso, precisamos começar a descobrir, encarar e limpar nossas ‘sujeiras e feiuras’, fazer nosso trabalho em se 'trabalhar' por respeito a nós, descendentes e ao mundo. Ser grato por aquilo que nossos antepassados viveram e nos passaram, mas romper com o que não encontra ressonância e sentido na minha alma e, portanto, vida.



Acredito que o maior presente que podemos dar a nós e às futuras gerações é uma limpeza constante, que é nossa responsabilidade fazer, na nossa vida. Olhar e ver o que pertence a nós e largar aquilo que virou um peso.Tomar nossa história, escolhas nas nossas mãos, jogar fora desculpas que o mundo nos ‘presenteiam e endossam’ e que vira muleta, como desculpa, nos cegando e roubando aquilo que nos é de direito. 


De tempos em tempos, observe-se e veja se o caminho ao qual está percorrendo realmente é seu, tire toda erva daninha, padrões que possam surgir, construindo assim um percurso plano, tranquilo, frutífero e florido.


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