Uma geração ‘sequelada’ pelo mal exemplo.


O problema de pensar só no ‘próprio umbigo’ são as consequências que aparecerão nas próximas gerações. Toda causa tem seu efeito, você acreditando ou não.


Vivemos em um mundo em que o egoísmo, institucionalizado em cada família, está tomando uma proporção descomunal. A falta de disciplina dos pais, valores, tempo, paciência, respeito pelo espaço do próximo, estrutura emocional, mental, física está deixando uma geração de sequelados como crianças sem rumo, doenças mentais como nunca vimos, sem um norte. Claro, que a formação familiar deve ser urgentemente repensada. Antes o ‘obstáculo’ para construir uma família era a condição financeira. Hoje, a questão é se a pessoa tem a ‘capacidade’ de ter filhos, ou seja, se cabe uma família no mundinho dela. Quando queremos nos relacionar, ter uma família, precisamos ‘abrir’ espaço para alguém entrar, sair das nossas certezas, do nosso conforto e estar preparado para os rearranjos que a vida dará e trará. O que pode ser incrivelmente rico porque só mudamos quando estamos comprometidos, abertos para mudar. 


O problema é que as pessoas estão tendo filhos e não estão educando ou sabendo educar. Colocam em uma escola de renome, levam para viajar e acham que pagar tudo é fazer todo o trabalho, mas não é. Crianças e jovens estão crescendo em ambientes doentes em que os pais não desenvolvem os seus papéis, não estão investindo seu tempo, esforço, não estão sendo resilientes em relação aquilo que será necessário no futuro. E, as sequelas já são visíveis a olho nu. Crianças que têm tudo, mas não tem vontade de fazer nada, vivem em um ‘mundo vazio’ ao qual a ‘felicidade’ é baseada nos sentimentos de ter, sentir e não em construir. Crianças solitárias e desestimuladas em quartos cheios de brinquedos, jovens descomprometidos nas melhores escolas e diante as melhores oportunidades, adolescentes com milhares de seguidores, nas redes sociais, e desorientados no seu interior. De que adianta tantas opções sem a sabedoria para desfrutar tudo isso?


Precisamos repensar o nosso projeto familiar, começando com um reajuste individual, do que sou, quero, como estou e do que preciso para me desenvolver. Daquilo que sou responsável, devo fazer para ser um bom exemplo, primeiro para mim e depois para o outro. Estar comprometido com o que me proponho a fazer e, se desejar, construir uma família, formando pessoas aptas a melhorar o mundo. Não adianta dar tudo ao seu filho, principalmente o que você não teve, isso é  destruir todas as possibilidades de alguém ser íntegro e funcional. Esteja disposto a desenvolver a resiliência, do que acredita e não do que todos fazem e esperam que você faça. Seja sincero, quanto aquilo que está disposto a fazer. Seja você, com o seu melhor, esteja presente de corpo, mente e alma.


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