O preço que pagamos por aquilo que acreditamos.

O tenista, Novak Djokovic, há exatamente um ano estava sendo deportado, e massacrado, da Austrália por não ter o passaporte vacinal, mas neste fim de semana saiu como campeão do mesmo evento que havia sido impedido de jogar. Vale lembrar que esse texto não é para falar sobre vacina e, sim, sobre os valores que carregamos.

Hoje, fala-se muito sobre liberdade, porém a maioria das pessoas, mesmo as que se dizem livres, vivem reféns da opinião dos outros, são preguiçosas em seguir aquilo que querem, acreditam. Escolhem um dos  lados, ‘vestem as roupas’ do grupo e se acomodam. Djoko deu um exemplo lindo sobre valores pelos quais devemos lutar, ou seja, pagar o preço. Ao ser ‘preso’, rechaçado, motivo de chacota de ‘jornalistas’ que fizeram textão sobre o ‘mau exemplo’ que estava sendo, hoje ele merece um textão de como devemos conduzir nossa vida quando acreditamos em algo e isso exclui o que os outros pensam e acham de nós. Aliás, só conseguimos fazer alguma coisa, ou ser alguém, quando nos desprendemos das opiniões dos outros, isso inclui familiares, que são as amarras mais difíceis de cortar. Esse ‘chamado’, que somos convidados diariamente a ter com quem somos, é um presente diário que recebemos, nosso ‘waze’ particular e exclusivo, cada um tem o seu. Temos o hábito de repetir frases, padrões às quais não nos pertencem e dar explicações, que na realidade, não deveria interessar a ninguém. Com isso, vamos nos distanciando de nós. 

Todas as vezes que pagamos o preço por seguir nosso caminho e ser quem somos SEMPRE terá críticos de plantão, com ‘dedos da moralidade' apontados para criticar o que fazemos. Lembre-se que quem cuida da sua vida e é bem resolvido sabe que o julgamento, em relação ao próximo, não é da sua conta e nem faz parte da sua rotina. Djoko, depois de tudo que falaram a seu respeito, seguiu sua vida e não abriu mão daquilo que acreditava. Quando marcou o ponto da vitória fez um gesto onde apontou primeiro a cabeça e depois o coração. Primeiro temos que pensar, racionalmente, questionar, estar em concordância com o que acreditamos para depois a emoção repousar. Assim devemos seguir. Cada um é responsável pela sua própria vida e ninguém tem o direito de dizer o que devo fazer com ela, mas para isso é preciso coragem para pagar o preço. 

  Valeu Novak Djokovic, pela lição de como defender aquilo que acreditamos. E, jornalistas, por favor, façam o trabalho de vocês, que não é o de ser juiz, mas somente de informar e nesse caso seria: “Novak Djokovic é o campeão do Grand Slam da Austrália, depois de um ano sendo escorraçado por pessoas sem competência, para julgar, as quais só deveriam informar.”