É, mais fácil e cômodo ser extremista.

         

       ‘Seguir a boiada’ é como jogar o cérebro no lixo, e virar um zumbi. 

Em tempos de extremismos na política, educação, estilo de vida ‘escolher um lado' é muito conveniente, ainda que isso exija algum esforço. Porém, nos extremos - escolhidos -  não precisamos pensar, somente seguir quem está à frente. E como em um jogo de repetição, imitar, de forma incontestável, quem admiro faz de mim um produto fajuto. Claro, que atinjo resultados copiando alguém, mas se não ‘utilizo’ o meu questionamento e autocontrole - frente a qualquer ideia - eu não ‘me torno’ o eu. Sou transformado em uma cópia da mesmice, em alguns casos bizarro, ou simplesmente mais um. Os extremos não instigam em mim o meu melhor. A revelação do ‘quem sou’ ocorre no caminho do equilíbrio daquilo que adquiro - seja em qualquer área. Muitas pessoas acham que equilíbrio é ser morno e não conquistar nada. Pelo contrário, é no equilíbrio do refletir que acontece o construir de cada um, o diferencial, o original! Afinal, no autodomínio eu tenho que pensar, dosar, me conhecer, saber meu limite, por em prática o ato da restrição, ver se aquilo o que busco e copio no outro ‘cabe em mim’. A observação ocorre na quietude, que para muitos é ‘desnorteante’, pois é aqui que entendo que nem sempre aquilo que quero ‘veste’ com elegância em mim, porém nessa frustração momentânea, para aqueles que persistem, abre se um mar de novas possibilidades. Um entendimento daquilo que estou, rumo ao caminho do que me pertence e sou. 

Quando escolhemos o extremismo decidimos pela ‘passividade’. Viramos ‘vítimas’, ‘joão bobo’. Sempre o outro é o problema, lavo minhas mãos quanto a minha responsabilidade social, pessoal e coletiva, mas quando decido ser eu mesmo, com todo trabalho e compromisso que isso carrega, procuro meu caminho da evolução. Saio do extremismo assumo sabiamente minha jornada rumo ao conhecimento individual e me torno pró-ativo em um mundo sedento de originalidade.