Vivemos em uma deformação social.
Posts do prato de comida, pessoas fazendo ginástica, receita para emagrecer, desabafos pessoais, declarações de amor, felicitações para crianças que ainda não sabem ler, justificações. Enfim, as redes sociais, escancaram a alma de pessoas que se alimentam de alimentos calóricos, porém vazios de nutrientes.
Uma dieta de calorias vazias, como açúcares, farinhas, alimentos industrializados, na maioria das vezes, é uma delícia, são feitos para que nos tornemos dependentes deles, mas por serem pobres em vitaminas, logo ficamos com fome. E, como todo vício entramos no ciclo vicioso, de comer cada vez mais. Com o passar do tempo, vamos ficando com o corpo debilitado e as portas se abrem para as doenças! Metaforicamente falando, não é muito diferente nas redes sociais. Devido a falta em alimentar a alma - individualmente - de forma correta dentro de casa, ausência de bons frutos, e pela grande maioria estar faminta e sedenta, de bons alimentos/exemplos, se tornam presas fáceis e perdem para o prazer raso/vazio do próprio ego. Deleitam-se , por pouco tempo, nas curtidas e visualizações. Sentem-se poderosos, e saem falando o que bem entenderem. O descontrolar das emoções é tanto que as indiretas surgem, os posts com aquisições materiais - nova casa, carro, bolsa e por aí vai - proliferam com orgulho, como se fossem uma tese de doutorado. Declarações sobre novas crenças aparecem como um novo e orgulhoso modo de vida, mas mudam rápido por não terem fundamento algum. Mudam assim como um trocar de roupa. E por que postam, se vão mudar? Porque não são bem resolvidos, porque se fossem não estariam expostos e sim, sendo vividos, sem explicações e exposições. Racismos, preconceitos e bizarrices são ‘servidos’ como ‘bons modos’ ou 'o novo legal'! Com isso, uma nova geração de zumbis, vai se procriando, sem exemplos sadios! Quanto mais fotos ‘melhor’, já que ler um texto mínimo exige um repertório, ainda que pequeno, e isso está bem difícil em adquirir, afinal curtir e compartilhar, não exige muito, ou nada, de intelecto.
Estudos, documentários alertam para o perigo, que todos já sabem, mas que continua sendo confortável. O 'sossego' dos pais, está garantido frente a uma tela. Mas assim como não fomos feito para viver no conforto o tempo inteiro, nosso corpo exige exercício, uma alimentação saudável, o trabalhar para seu bom funcionamento. Cabe a nós, sairmos do sedentarismo moral, social, e principalmente espiritual para sermos exemplos concretos, e não teórico, de que a vida não foi feita para ser vivida o tempo todo de forma virtual. A palavra convence mas o exemplo arrasta. Comecemos, por quem educa. Um 'detox' de crenças vazias, e de muletas de conforto! Como disse Picasso: “Não existe construção, sem destruição”. A desconstrução do fácil deve ser feita urgente. E, só assim, com o terreno limpo, que alicerces seguros deverão ser fincados para uma construção sólida e sadia! Para uma vida, onde o mostrar/exibir virtual não seja a prioridade, mas o viver real, onde tem gosto, sabor, cheiro, tato, tristezas, alegrias de verdade, nem sempre bonito de ser visto, porém com o esforço e superação, onde o saciar seja interno, saudável, autêntico e sem filtros!
Vixi...que vergonha...não imaginavam que estava sendo observada!
ResponderExcluirParabéns, Núrya, estou amando seu blog, muito bem feito. Gostei demais.
ResponderExcluir👏👏👏
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ResponderExcluirParabéns !!!
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